quarta-feira, 21 de março de 2007

Pri.ma.ve.ra


Já há algum tempo que não escrevo nada aqui para estas bandas.. não é que me ande literalmente a baldar, mas é certo que não tenho tido computador por perto e então torna-se mais dificil. Adiante. Hoje não podia deixar de salientar este dia 21 de Março, pois hoje começa a Primaveraaaaaa!!! E não só, é também o dia da árvore, o dia da poesia e o dia do sono. Ah pois é! Acabou-se o Inverno, começam as alergias! Se bem que dado ao tempo que temos tido parecia que a Primavera já tinha começado..até as andorinhas andavam desnorteadas! Hoje também andam milhares de pessoas a plantar árvores e à que louvar todas as iniciativas que decorrem por este Portugal fora! Um dia pela Poesia.. Como já disse anteriormente hoje também se comemora o Dia Mundial da Poesia. Por todo o país multiplicam-se os debates, os recitais e outras formas originais de celebrar esta forma de arte. Quem tiver pelos lados de Lisboa, vai haver um workshop de escrita criativa, no âmbito das Transfusões de Poesia, na Fnac do shopping Colombo. Também em Lisboa será lançada a antologia Alguns Gostam de Poesia, da autoria de Czestaw Mitosz e de Wistawa Szymborska, ambos premiados com o Nobel da Literatura, em 1980 e 1996, respectivamente. Finalmente, the last but not the least, hoje é também o dia do sono, mas neste nem vale a pena me alargar muito, porque dias do sono para mim são quase sempre..eheh


"Poesiando"

A poesia corre solta nos varandões da vida...
Rompe as pilastras do inimaginável,
Rouba os suspiros dos amantes prometidos,
Transforma o rude dos homem mais amável.

Pinta cores vivas em forma de palavras,
As amarras caem já desinibidas,
Faz ver com os olhos da alma,
O que pelos olhos da carne lhe são proibidas.

A poesia vagueia e beija os pensamentos,
De quem dela esperou resposta pra suas dores,
De quem não soube dizer a dimensão,
Do sabor suave que tiveram seus amores.

Desenha os traços de um sorriso oculto,
Ou de uma tristeza que não vem a tona,
Depois de escrever debruça sobre a catarse,
E em suas estrofes se abandona.

A poesia é martírio de quem ama muito,
De formas loucas e demasiadas,
Sem ter refúgio na realidade,
Põe em seus versos, rimas afinadas.

Revela em nudez o que sente por dentro,
Dor, amor, medo e nostalgia,
Explode em seu âmago o que está sedento,
E daí se faz o milagre da poesia.

1 comentário:

Unknown disse...

o tal livro, ofereci-o à mara no natal, pede-lhe para veres. não sei se existirá na fnac. comprei-o na feira laica cá em lisboa.
boa primavera :)